Por Torquato Neto
Imagem: Divulgação
Torquato Neto - um tropicalista legítimo.
É preciso que haja alguma coisa
alimentando o meu povo;
uma vontade
uma certeza
uma qualquer esperança.
É preciso que alguma coisa atraia
a vida
ou tudo será posto de lado
e na procura da vida
a morte virá na frente
a abrirá caminhos.
É preciso que haja algum respeito,
ao menos um esboço
ou a dignidade humana se firmará
a machadadas.
Torquato Neto, em “O Fato e A Coisa”, Teresina/PI: UPJ Produções, 2012.
TORQUATO NETO nasceu em Teresina, Piauí, em 1944. Foi repórter, letrista, compôs e escreveu shows, assinava a coluna Geléia Geral na Última Hora. Deixou 17 músicas gravadas. Em 1973 foi lançada Os últimos dias de paupéria, sua obra póstuma. Morreu no Rio de Janeiro, em 1972. Em 2018, estreou o filme “Torquato Neto – Todas as Horas do Fim” (2017), dos diretores Eduardo Ades e Marcus Fernando, que explora a vida e as múltiplas frentes do poeta, que atuou ainda no cinema, na música e no jornalismo.
Fonte: Prof. Francisco de Assis Sousa
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