Uma das tradições mais comuns na época da Quaresma é abdicar do consumo de carne vermelha e dar preferência aos peixes, mariscos e crustáceos. Além do aspecto religioso, os nutricionistas afirmam que o hábito deveria ser levado para o restante do ano. Afinal, comer peixe duas vezes por semana reduz o risco de doenças cardíacas em mulheres que estão em idade reprodutiva, especialmente se forem peixes ricos em ômega 3.
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Mercado do Peixe
Uma pesquisa feita na Dinamarca constatou, pela primeira vez, os benefícios do consumo de peixe na saúde de mulheres com idade entre 15 e 49 anos, principalmente com impacto em sua longevidade. Segundo a pesquisa, as mulheres que consomem pouco ou nenhum tipo de peixe apresentam chances superiores a 90% de desenvolver doenças cardíacas em comparação com aquelas que consomem semanalmente. “É pelo fato do peixe conter o ômega 3 que ele tem uma ação anti-inflamatória, reduz a pressão arterial, que é um risco para doenças cardiovasculares, e reduz também níveis de colesterol e triglicerídeos”, explica a nutricionista do Hospital Rio Poty, Alessandra Gayoso Fontenelle.
Peixes, crustáceos e mariscos são ricos em ácidos graxos essenciais e gorduras insaturadas, que são gorduras boas, além de ser fontes de ferro, cálcio, fósforo, vitamina A e D, que são fundamentais para equilíbrio e bom funcionamento do organismo. Outra substância de extrema importância encontrada nos pescados são o ômega 3, onde reduz sintomas da TPM, é vasodilatador, anticancerígeno, anti-inflamatório e antioxidante, importantes para a redução de radicais livres.
As recomendações do consumo de peixes variam de 75g a 112g, duas vezes na semana, variando sempre do próprio consumidor. Mas, por ser um tipo de alimento que facilmente se estraga, o consumidor deve observar alguns aspectos do produto. O peixe deve ter pele brilhante, tonalidade viva e sem lacerações. A carne tem que ser firme, escamas unidas entre si, aderidas entre à pele e cheiro característico.
Quando não estão nas condições ideais de consumo, esses alimentos podem causar danos para o organismo, como indica nutricionista do Hapvida Alessandra Fontenelle. “A pessoa pode ter diarreias, contaminação por histamina, que é uma substância natural presente nos peixes onde a má conservação provoca o aumento das bactérias presentes no peixe, aumentando os níveis de histamina, podendo causar ainda vermelhidão, náuseas, problemas respiratórios, dor de cabeça e cólicas”, explica a profissional do Hospital Rio Poty.
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